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Empresa de transformação da madeira prospecta parque fabril em Lages

  • Toninho Vieira/PML

Previsão é gerar 200 empregos diretos e investimentos na ordem de R$ 40 milhões

Transformar a madeira estando próximo geograficamente à matéria-prima. Com este intuito, empreendedores sócios da Indústria e Comércio de Molduras Santa Luzia Ltda. viajaram de Braço de Norte, Sul do Estado, cidade sede dos negócios do grupo, para um encontro com o prefeito Antonio Ceron na manhã desta quinta-feira (14 de janeiro) em seu gabinete, na finalidade de manifestar interesse na construção de uma unidade de fabricação de perfis e painéis de madeira em Lages. Ao chefe do Poder Executivo houve o pleito de um terreno para instalar a concentração das atividades desta que aparece como uma das ramificações da indústria Santa Luzia: Atuação de serrarias com desdobramento de madeira em bruto e fabricação de artefatos diversos de madeira, já que Lages é rica em florestas de pinus, chamando a atenção dos investidores. O cronograma de implantação do projeto prevê início das obras em janeiro de 2021, conclusão em dezembro deste ano e começo da operação em janeiro de 2022.  

Na ocasião foi exposta a planta do parque fabril e repassado ao prefeito Antonio Ceron um relatório em que são mencionados aspectos financeiros (valores imobilizados, orçamento anual de receitas e despesas e capacidade financeira), informações sobre mão de obra e engenharia do projeto. Durante a reunião, os empresários enfatizaram a história da empresa Santa Luzia, que irá comemorar 79 anos em 2021, como um empreendimento que leva ao mercado novos produtos e conceitos de design, praticidade, modernidade e durabilidade.

A dupla de empresários, sócio-administrador e diretor Gilberto Luiz Zanette, e o CEO, Marcos Effting Zanette, demonstrou a reivindicação de uma área de 100 mil metros quadrados (dez hectares), infraestrutura de rede elétrica e local com acesso à rodovia BR-282 ou BR-116. Os dez mil metros quadrados estarão distribuídos entre 18 mil metros de área construída, 22 mil metros para espaço de depósitos, dez mil metros para estacionamento e 50 mil metros para área destinada a tratamento paisagístico. A abrangência do mercado é nacional e internacional.

Na primeira fase de implantação, entre 2021 e 2022, projeta-se alcançar os objetivos de investimento de R$ 40 milhões, abertura de 200 postos de trabalho (atualmente são 124 nesta área), bem como mais 80 vagas indiretas (empreiteiras e fornecedores) e receita operacional bruta no valor de R$ 100 milhões. A produção atual do mercado brasileiro e mundial é de 24 mil metros cúbicos de madeira por ano. "Atualmente a preparação da madeira está em Curitibanos, o acabamento e expedição em Braço do Norte e temos florestas em Bom Retiro (onde está também a serraria) e Alfredo Wagner. Em resumo, hoje as atividades estão em Braço do Norte, Bom Retiro e Curitibanos. O planejamento é trazer a estrutura da produção de madeiras para Lages justamente pela proximidade e abundância de florestas de matéria-prima, centralizando a operação com todas as etapas de produção, desde a chegada da madeira, serraria, preparação, acabamento e geração do produto final, agregando valor para o mercado interno e de exportação, buscando manter a madeira o mais natural possível e com o máximo de aproveitamento da árvore, além de estabelecer fisicamente os departamentos de engenharia, comercial, marketing e atendimento a clientes. Lages é um lugar que nos interessa muito, conta com qualidade de vida e disponibiliza mão de obra qualificada e diversas universidades que podem suprir as necessidades do ramo", analisa o CEO, Marcos Effting Zanette.

O prefeito Antonio Ceron avaliou ser a empresa uma grande potência no âmbito de mercado em que trabalha. "Uma excelente notícia para o início de 2021. A prefeitura está à disposição dos empreendedores e antes mesmo de a reunião terminar houve um desdobramento alinhado ao desenvolvimento de Lages e da Serra. São 200 empregos, ou seja, 200 profissionais com suas famílias beneficiadas, investimentos de grande monta e mais uma empresa que irá valorizar a capacidade técnica e movimentar ainda mais o município economicamente", celebra o prefeito.

Indústria Santa Luzia poderá ser contemplada com terreno anteriormente norteado à Sinotruk

Depois de ouvir as demandas dos empresários, o prefeito Antonio Ceron sinalizou a possibilidade promissora de direcionar parte do terreno de 1,6 milhão de metros quadrados, à margem da BR-282, no distrito Índios, à edificação desta empresa. Esta área é a que foi designada à empresa chinesa de caminhões Sinotruk, porém a construção não foi efetivada. Ao longo das conversações e tratativas, Ceron dialogou com o grupo sobre fornecimento de água, energia elétrica e do acesso rodoviário ao local.  

Os investidores, acompanhados de uma comitiva dos poderes Executivo e Legislativo, prontamente se programaram para conhecer o terreno, e os aos dois representantes da indústria Santa Luzia deve ser apresentada a área ainda nesta quinta-feira (14 de janeiro). O Município oportunizará, aliás, os serviços da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo, a qual oferece os atendimentos do Banco do Emprego, Programa Qualifica Melhor Lages e Sala do Empreendedor.

Presentes na reunião estiveram o prefeito Antonio Ceron; vice-prefeito, Juliano Polese; secretário interino do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Amauri Bacci; secretário interino municipal de Águas e Saneamento (Semasa), Jurandi Agustini; vereador Álvaro Mondadori (Joinha), e os empresários da Lafi Cosméticos, Luiz Figueiredo, e seu filho, Lucas Figueiredo, que estavam em companhia dos investidores da empresa Santa Luzia.

Conheça mais sobre a empresa

O grupo econômico Santa Luzia é formado pelas empresas Indústria e Comércio de Molduras Santa Luzia Ltda., a Moldurarte, Sul Norte Logística e Pro-Ecologic Reciclagem e Logística. Estas unidades de negócios estão nas cidades catarinenses Braço do Norte, Imbituba e Joinville, Taubaté (SP), Bezerros (PE) e nos Estados Unidos (EUA).  

A indústria Santa Luzia surgiu a partir da fabricação de espelhos, em Braço do Norte, criada por João Effting, em 1942. O empreendimento expandiu sua atuação e em 1996 tornou-se a Indústria e Comércio de Molduras Santa Luzia. Seu portfólio inclui produtos voltados à construção civil, arquitetura e decoração interna e externa.

Há 19 anos a empresa revolucionou sua produção ao desenvolver um processo que resultou na substituição de cerca de 98% da matéria-prima da empresa. Em substituição à madeira foi criado um processo de compactação de resíduos de EPS (isopor), viabilizando-se a logística de captação desta matéria-prima.

A partir do poliuretano ou do poliestireno reciclado, a empresa produz perfis, molduras e revestimentos de pisos e paredes, com enfoque em alto padrão de qualidade e de durabilidade, bem como na minimização de impactos ao meio ambiente. Portanto, combina tradição artesanal em molduraria com métodos industriais de inovação em reciclagem de resíduos. A Santa Luzia é a única empresa do Brasil a reciclar isopor. São 800 toneladas por mês. E é líder no segmento de perfis e molduras plásticas na América Latina.

Texto: Daniele Mendes de Melo

Fotos: 


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