logo RCN
Coxilha Rica

Governo de Santa Catarina irá apoiar agricultores da Serra que tiveram as propriedades rurais embargadas pelo Ibama

  • Secom SC

Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Procuradoria-Geral do Estado e Instituto do Meio Ambiente uniram esforços para apoiar produtores rurais da Coxilha Rica, em Lages, que tiveram suas propriedades embargadas na Operação Araxá, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Uma reunião com lideranças do agronegócio, representantes do setor produtivo e produtores rurais foi realizada na terça-feira (24), em Florianópolis.

São nove agricultores proibidos de produzir em áreas de campo nativo. Segundo os fiscais do Ibama, essas áreas fazem parte da Mata Atlântica e não podem ser exploradas, mesmo que o plantio seja autorizado pelos Códigos Florestais Estadual e Federal.

“Nós precisamos resolver essa questão porque há enormes impactos social e econômico para o setor produtivo catarinense, já que as áreas de campo nativo se estendem pela Serra Catarinense e Meio Oeste, além dos campos de altitude. Esperamos um diálogo com o Ibama, uma negociação, para resolver esse impasse e trazer tranquilidade para que os agricultores possam continuar produzindo, o que é muito importante para Santa Catarina e também para o Brasil”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto.

O secretário da Agricultura e Pesca de Lages, Thiago Cordeiro, explica que a Operação Araxá é uma segunda fase da Operação Camperiada, que começou em novembro de 2018, quando o Ibama puniu produtores rurais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná por crime ambiental. O argumento é de os produtores que quiserem fazer o plantio em áreas de campo nativo precisam de autorização do órgão ambiental federal – mesmo sendo liberados pelo Código Ambiental Estadual.

“Esse é um problema que vem se arrastando desde 2018 e precisa ser resolvido. Para isso, o Governo do Estado e produtores rurais precisam se unir para que se cumpra a lei estadual. Unidos queremos suspender essas multas e garantir que os produtores possam voltar a produzir com segurança”, afirma Thiago.

Em documento entregue aos representantes do Governo do Estado, os produtores destacam os prejuízos causados pelo embargo, já que estão proibidos de plantar a safra de inverno, inclusive com perda dos investimentos já realizados e comprometimento da safra de verão.

O secretário estadual da Agricultura, Valdir Colatto, reforça a necessidade de respeitar o Código Ambiental Catarinense. “O Código Florestal Brasileiro determina que cabe à União definir as normas gerais e ao Estado fazer sua legislação específica. Queremos que se respeitem as características específicas de Santa Catarina, para que possamos desenvolver nossa atividade agropecuária, respeitando a questão ambiental e fazendo o desenvolvimento sustentável possível”.

Durante reunião, ficou acordado que a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) será a porta-voz dos produtores rurais e pedirá o apoio formal à Procuradoria-Geral do Estado para que haja o envolvimento do Governo na solução do problema.

Em Brasília, governador Jorginho Mello avança para obtenção de recursos para Santa Catarina Anterior

Em Brasília, governador Jorginho Mello avança para obtenção de recursos para Santa Catarina

Governo permitirá que policiais civis aposentados possam manter a arma funcional Próximo

Governo permitirá que policiais civis aposentados possam manter a arma funcional

Deixe seu comentário