O Folha da Serra ouviu os candidatos à Prefeitura de Lages sobre temas importantes, com o intuito de contribuir com o eleitor, dando a ele mais uma ferramenta para auxiliá-lo na escolha dos próximos governantes da cidade

Folha da Serra – Qual será sua estratégia para atrair investimentos para Lages, ampliando a oferta de emprego e o faturamento municipal? 

Claudia Bratti - Primeiramente apoiar as iniciativas já existentes de apoio ao desenvolvimento de empresas, criar um polo empresarial de micro e pequenas empresas, para que possam iniciar seus negócios em parceria com o Sebrae, com o Sistema S e universidades. Também conectar o Programa Pé de Meia do governo federal ao polo empresarial e ao banco de empregos, para absorver os jovens no primeiro emprego. Garantir infraestrutura necessária às empresas já instaladas para a sua manutenção. Incentivar a instalação de iniciativas que gerem emprego e que, por consequência, geram economia local.

Como ampliar a produção de grãos na Coxilha Rica diante dos entraves impostos pelo Ibama?

Garantindo infraestrutura, investindo em  melhorias de estradas, buscando recursos para pavimentação das rodovias de trânsito produtivo para todas as localidades, independentemente da região. Os entraves de multas impostas pelo Ibama são de ordem legal, de infrações à legislação ambiental que precisam ser respeitados em qualquer  município do país. Não compete ao executivo municipal a intervenção sobre as competências legais federativas.  

O(a) senhor(a) já tem ciência das despesas, caixa, faturamento e número de funcionários da Prefeitura de Lages?

O orçamento do município é público, ele está disponibilizado na Lei do Orçamento, e está hoje em aproximadamente R$ 980 milhões, assim como a receita e despesas, e o número de funcionários estão também disponíveis no site transparência, na página da prefeitura.  As receitas e despesas podem ter oscilações, conforme a arrecadação dos tributos municipais e o repasse dos tributos federais. Vamos fazer uma auditoria para obter as informações reais, em tempo, das receitas e despesas para construir um planejamento responsável com comprometimento com a coisa pública. Vamos otimizar os gastos com cargos comissionados, fazer uso dos servidores de carreira, valorizando cada função, reduzir custos e aplicar onde precisa. Não temos vínculos partidários políticos, exceto com o Governo Federal, com as portas abertas para a busca de recursos para projetos estruturantes. Infelizmente, estamos 50 anos atrasados em relação a outras regiões. Vamos instalar um painel digital para que o cidadão participe da gestão orçamentária e tenha conhecimento da receita e dos gastos.

Na Saúde, geralmente as propostas são ampliar postos e horários. Mas como superar a dificuldade em contratar médicos, profissionais que preferem atuar em clínicas particulares?

Na saúde vamos, primeiramente, realizar um diagnóstico das demandas em diálogo com os servidores da área, médicos, enfermeiros, técnicos, entender a logística e as falhas. Junto ao Programa Mais Médicos, do governo federal, vamos  buscar contratar mais profissionais. Além disso, otimizar a regulação das consultas e buscar nas parcerias público-privadas o atendimento das especialidades. Implantar uma UPA Infantil e novas UBSs nos bairros com densidade populacional significativa. Viabilizar mais equipes ESF e promover o atendimento humanizado.