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Complexo Ponte Grande

Obra deve melhorar tráfego, combater enchentes e reduzir problemas de saúde

Lages terá capacidade para tratar 75% do seu esgoto, um dos maiores índices entre todas as cidades catarinenses

As obras do Complexo Ponte Grande, em Lages, entram em uma nova fase. A Caixa Econômica Federal liberou a pavimentação do trecho entre as avenidas Castelo Branco e Presidente Vargas. Ao todo, o pavimento se estenderá da BR-282 até a ponte de acesso ao condomínio Ponte Grande, no Bairro Caça e Tiro. Mas o asfalto será aplicado apenas na margem direita da avenida, que interliga 13 bairros da cidade. 

Custeada com recursos do Ministério das Cidades, a obra foi contratada no segundo semestre de 2011 e em mais de dez anos, enfrentou vários problemas, inclusive a desistência da empresa que venceu a licitação. O tempo passou, mas o valor de R$ 57 milhões não foi reajustado, fato que exigiu a adequação do projeto inicial, que previa saneamento básico, urbanização e pavimentação nas duas margens da avenida. 

Outro entrave foi a desapropriação de imóveis construídos nas margens do rio. Cerca de 200 famílias foram remanejadas para um condomínio, construído próximo ao Bairro Caça e Tiro. “A prefeitura pretende buscar mais recursos para executar a outra margem,” afirma o vice-prefeito, Juliano Polese.

Ele avalia que se trata de uma obra cara, principalmente a parte que envolve saneamento básico e não pode mais ser vista, porque está enterrada. Faltam apenas 200 metros do emissário de esgoto. A etapa não foi concluída, segundo Juliano, devido a problemas na entrega de materiais. Mas grande parte do emissário já está em funcionamento. É essa tubulação que conduz o esgoto até a unidade de tratamento no Bairro Caça e Tiro. Depois de tratada, a água é despejada no Rio Caveiras.  

Impacto para a população

A Avenida Ponte Grande consiste em obras de urbanização e pavimentação. Mesmo sem o asfalto, Juliano Polese comenta que as pistas estão liberadas para o uso dos moradores. “É uma obra difícil, mas que trará grande benefício. Deve reduzir as situações de enchentes, enxurradas e também os problemas de saúde causados por contaminação de esgoto à céu aberto,” explica o vice-prefeito. Ele cita estudo da Organização Mundial de Saúde que aponta que para cada U$ 1 investido em saneamento e água se economiza  U$ 4,3 em 

sistemas de saúde.

Anel Viário

Com a pavimentação da avenida, motoristas que estão na rodovia BR-282 e precisam entrar na cidade, terão mais uma opção além das avenidas Duque de Caxias e Corina Caon. A Ponte Grande interligará os bairros pelo interior das comunidades. 

A mesma facilidade terá uma pessoa que estiver na região Sul da cidade e precisar se deslocar até o Leste. Fará a travessia sem utilizar as avenidas Dom Pedro II ou Luiz de Camões, que já possuem trânsito intenso.

Dever da comunidade 

A maioria das cidades catarinenses não possuem 30% de esgoto tratado. Lages tinha 25%, com a ativação do Complexo Araucária passou para 50% e agora, com o Complexo Ponte Grande atinge 75% de capacidade instalada para tratar seu esgoto.

Juliano Polese faz um alerta. Explica que para o sistema funcionar, cada morador precisa fazer a ligação do seu esgoto na tubulação que passa em frente à residência. A prefeitura faz a obra principal do emissário, mas a ligação residencial é dever do cidadão. 

 Emissário

O emissário está sendo implantado com tubos de concreto com diâmetros de 700, 600 e 500 milímetros. No ponto inicial de coleta a bitola é a menor, chegando à ETE-Caça e Tiro com tubulação de 700 milímetros.

Paralelo às essas obras são construídas seis estações elevatórias, as quais se constituem em poços de captação dos dejetos sanitários não escoados pelo sistema de gravidade do emissário. As elevatórias são estruturadas para bombear o acúmulo de esgoto para a linha de gravidade da rede emissária e desta forma chegar até à ETE mais próxima, neste caso aquela instalada no Bairro Caça e Tiro, à margem do rio Caveiras.

Projeto é de 2011

O projeto do Complexo Ponte Grande foi iniciado em 2011 e deve ser concluído na atual gestão. Juliano comenta que foi uma decisão certeira do prefeito da época, Renatinho, e que essa é uma das atribuições do gestor público, trabalhar para melhorar a qualidade de vida da população.


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