Uma mulher internada por problemas pulmonares no Hospital Tereza Ramos, em Lages, denunciou à Polícia Civil que teria sido vítima de estupro praticado por um enfermeiro, na madrugada desta quinta-feira (23). A administração do hospital registrou boletim de ocorrência.

De acordo com o que denunciou a vítima, o enfermeiro a olhava muito, fazia perguntas sobre sua genitália e teria dado a ela uma medicação que não estaria prescrita em seu prontuário médico. Após tomar a medicação, a paciente teria ficado sedada, mas teria sentido, sem conseguir reagir, movimentações e toques pelo seu corpo por parte do enfermeiro. Ela, inclusive, sentiu que o agressor a teria machucado e afirma ter certeza de que a violência teria ocorrido por duas vezes, na mesma noite.

Ao acordar, a mulher chamou uma enfermeira e relatou o que teria acontecido. A direção do hospital também foi comunicada e acionou a Polícia Civil para uma perícia.

A Polícia Civil confirmou que esteve no hospital para dar início às investigações e apurar a denúncia, mas que não pode divulgar informações, já que o caso corre em sigilo.

O Hospital Tereza Ramos emitiu uma nota oficial. Vija a íntegra:

“Informamos que na manhã de ontem, 23/03, a Direção do Hospital e Maternidade Tereza Ramos – HMTR recebeu a informação de que uma paciente internada na Unidade reportou ter sido vítima de um ato de violência sexual ocorrido na madrugada. Imediatamente após conhecimento da denúncia, os órgãos responsáveis pela apuração do caso foram acionados, a saber, as Polícias Civil e Científica, as quais compareceram ao Hospital e já iniciaram os procedimentos cabíveis. Conforme orientação da Polícia Civil, o caso é investigado sob absoluto sigilo, razão pela qual não podemos fornecer qualquer informação neste momento. Entretanto, reiteramos que o HMTR está à disposição da paciente para quaisquer esclarecimentos e que todas as medidas administrativas necessárias estão sendo tomadas, inclusive a restrição de atividades dos profissionais envolvidos. O HMTR repudia qualquer ato de violência contra a mulher e está comprometido com a investigação em andamento.”