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15 de julho, Dia do Pecuarista

Histórica na Serra, pecuária soube se reinventar para manter seu valor

Impossível contar a história de Lages e da Serra Catarinense sem citar a importante participação dos pecuaristas. Antes mesmo da fundação dos municípios, registros históricos comprovam que fazendas produziam gado para a obtenção da carne, leite e principalmente do couro. Muita coisa mudou em mais de dois séculos, a começar pelas pastagens, em parte cultivadas para melhorar a produtividade. Fator que somado ao manejo e investimento no melhoramento genético transformaram a região em ícone na produção de terneiros. 

Segundo a Epagri, a pecuária está presente em 87% dos estabelecimentos rurais da Serra Catarinense, concentrando 13,4% do rebanho de bovinos de corte do Estado. Trata-se de uma vocação natural da região. Segundo histórico, os pecuaristas serranos eram familiares e possuíam, em geral, produção agrícola de subsistência. A criação de gado era vista como uma forma de poupança, com rápida liquidez. 

Ao longo de décadas, vários projetos foram aplicados para profissionalizar a atividade. O Projeto Rede de Propriedades de Referência Tecnológica (Reprotec) foi desenvolvido em 2011 por Pesquisadores e Extensionistas da Epagri de Lages, Embrapa Pecuária Sul, Fapesc e Associação Rural de Lages, com objetivo de desenvolver a pecuária de corte.
Segundo a Epagri, com a implantação do projeto em propriedades de Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Painel, Capão Alto, Lages e São José do Cerrito, foi possível dobrar a produção de terneiros e de boi gordo. Esse foi o mote do projeto: tecnologias adaptadas para cada propriedade. 

Os pecuaristas foram assistidos pelo programa com suporte técnico durante cinco anos para transformar a atividade e torná-las vitrine aos demais pecuaristas. Nesse período, eles viram dobrar a produção de terneiros, aumentar a natalidade de 50% para 80%, o peso no desmame, e a redução de idade reprodutiva das novilhas de dois para três anos. Mais terneiros na região representam um volume de carne de qualidade produzido, reduzindo a necessidade de importação. Nesse sentido, a pecuária de corte pode ser tão rentável quanto a soja ou milho que estão em moda na região.

A qualidade dos terneiro pode ser comprovada em cada feira, onde geralmente todos os lotes são vendidos rapidamente. Ou seja, a Serra Catarinense produz terneiros de qualidade que são comercializados para terminação em outras regiões catarinenses ou até em outros estados brasileiros. A venda ocorre, inclusive, em sites e canais especializados em pecuária, sinal claro que a atividade soube se reinventar e manter sua importância socioeconômica.

Com informações da Epagri 

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