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Parceria Ambiental

Em tempos de Festa do Pinhão, a cutia e a preservação ambiental

Lages comemora com sucesso mais uma Festa Nacional do Pinhão, evento que valoriza a cultura e a tradição da Serra Catarinense, tendo como base a semente da araucária angustifolia, o pinheiro brasileiro. Neste contexto, destaca-se o papel desempenhado pela Cutia (Dasyprocta azarae) como um dos agentes de preservação e manutenção da espécie.

 

A DISPERSÃO DO PINHÃO

Embora muitas vezes atribuímos à gralha azul o mérito principal na dispersão e conservação da araucária, a cutia desempenha um papel igualmente vital nesse processo. Este pequeno roedor, frequentemente esquecido, é fundamental para a manutenção e propagação das araucárias, árvores símbolo da nossa cidade e região.

 

A IMPORTÂNCIA DA ESPÉCIE

A cutia (Dasyprocta azarae) tem hábitos alimentares que a tornam essencial para a saúde dos ecossistemas em que vive. Ela se alimenta de frutos, sementes e vegetais, incluindo os pinhões das araucárias e, ao enterrar o excesso para consumo futuro, acaba por esquecer alguns desses pinhões, que posteriormente germinam e crescem como novas árvores. Este ato de dispersão, embora descuidado, é crucial para a renovação das florestas de araucária. Além disso, as cutias contribuem para a aeração do solo através de suas atividades de escavação. Este processo facilita a penetração da água e a reciclagem de nutrientes, vital para a manutenção da fertilidade do solo e para o crescimento saudável das plantas nativas.

 

PRESERVAÇÃO DA COTIA E DA ARAUCÁRIA

A preservação das araucárias passa diretamente pela proteção das cutias. A redução de sua população, devido à perda de habitat e à caça, pode ter efeitos devastadores sobre a regeneração dessas árvores magníficas, já que menos sementes serão dispersas naturalmente. Proteger as cutias é, portanto, uma forma direta de assegurar a continuidade e a saúde das florestas de araucária, tão características da Serra Catarinense e do Paraná.

 

COMO PROTEGER

Embora a cutia não esteja atualmente em perigo de extinção, enfrenta desafios significativos que podem impactar sua sobrevivência a longo prazo. Iniciativas de preservação que incluem a criação de áreas protegidas e a educação ambiental são fundamentais. Informar à população sobre a importância ecológica desta espécie e as consequências de sua possível extinção é crucial para mobilizar esforços de conservação. Por meio destas ações, podemos garantir que as gerações futuras também possam desfrutar da beleza e da biodiversidade que as florestas da Serra Catarinense têm a oferecer.


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