O uso de máscaras no inverno deveria ser obrigatório, ao menos nesta estação mais fria do ano. Durante os dois anos de pandemia, durante o tempo da Covid em alta, a procura pela UPA, e até mesmo das UBS, para tratar de algum problema respiratório, reduziu drasticamente. Mas só foi liberar o uso da proteção que a coisa desandou novamente. E não pensem que a Covid "caiu fora" de vez. Ela anda solta por aí, dando o ar da sua graça acompanhada de outros tantos problemas pulmonares. Estamos num período crítico. Várias pessoas, e muitas delas com problemas graves, estão aguardando por UTI (fora de cogitação) e não apenas em Lages e sim em todo o estado, tanto para crianças como para adultos. Já está se pensando, inclusive, em cancelar cirurgias eletivas, porque caso algum paciente necessite de UTI, não vai conseguir. Pior é que tem muita gente levando isso na brincadeira, tirando sarro, viajando, se divertindo ao meio de multidões e em lugares fechados. Doenças respiratórias também podem te derrubar, me derrubar, nos derrubar. Use a cabeça, as orelhas. Continue escondendo sua boca e seu nariz. Trate de levar a vida mais a sério.

Atitude

Bacana o que anda acontecendo no Tereza Ramos. A direção abriu espaço para que talentos de servidores viessem à tona. E começou com a criatividade de Irene Pavanello e Nilcéia Godoy. Elas estão realizando pinturas em setores do hospital e, desta forma, dando um novo visual ao local. Fizeram a coisa certa, porque um ambiente hospitalar precisa mudar, tirar aquela imagem depressiva com paredes de uma só cor, aquela atmosfera pesada, traumatizante, triste. Que o colorido, que a arte tome conta de todo o HMTR, que mais hospitais também tenham essa atitude. Receber pacientes e familiares num ambiente reconfortante e pra cima, ajuda e muito no tratamento. Ter uma doença não significa deixar de ver o mundo que nos aguarda fora de quatro paredes. Ele pode ser visto dentro e fora de um hospital, pois qualquer iniciativa, por menor que seja, pode acarretar mudanças positivas não só ao ambiente, mas principalmente na vida de doentes que passam um bom tempo internados.

Bumerangue

Não lembro onde li, mas gostei e preciso dividir com vocês: "Quando alimentamos rancores, morremos aos poucos. Que possamos fazer as pazes conosco e com quem nos ofendeu. Que possamos tratar aos outros, como gostaríamos de ser tratados. Que possamos ter a iniciativa de amar, de dar, de doar, de servir, de presentear... e não só a de querer ganhar, ser servido, tirar vantagem e explorar o outro. Que o amor de Deus nos alcance todos os dias, pois não sabemos se teremos tempo de nos purificar com este antídoto chamado perdão."

Pensa aí

Quando minha coluna era publicada no Correio Lageano, por um tempo fiz uma campanha contra o cigarro de papel, quando consegui ser amada por uns e odiada por outros. Mas até hoje encontro pessoas que me agradecem pelos alertas e muitas delas acabaram largando o vício. E não, não vou fazer o mesmo com o cigarro eletrônico. Mas sinto-me na obrigação de deixar registrado aqui os alertas apresentados em documentos das Sociedades Brasileiras de Cardiologia, Pneumologia e Oncologia sobre as manifestações clínicas do uso contínuo deste mal, principalmente entre jovens. O cigarro eletrônico contém, pelo menos, 80 substâncias químicas que podem causar câncer, doenças cardiovasculares como síndrome coronariana aguda, acidente vascular cerebral e trombose. Tem ainda a piora de transtorno do humor, como ansiedade e depressão. Causa tanta coisa ruim que tanto a comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos de fumar (RDC nº 46/2009) estão proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Curtas

*A inflação aumentou o número de brasileiros para os quais a carne bovina virou produto de luxo. Por conta da subida dos preços nos últimos três meses, 55% deixaram de comprar carne vermelha, enquanto 44% não colocaram combustível no tanque. Dados são da pesquisa da agência FSB, encomendada pelo BTG Pactual e divulgada no início da semana.

*Maior mirante de vidro de Santa Catarina está sendo construído em Rancho Queimado. Altura de 1250 metros. Mirante Boa Vista permitirá a visualização de serras gerais, Campo dos Padres e até do litoral catarinense. Em forma de torre, vai contar com elevador panorâmico e plataforma com piso de vidro com 25 metros de extensão.

*Depois que passar essa correria toda de Festa do Pinhão, que o superintendente Gilberto Ronconi olhe com carinho a falta de acessibilidade junto à Fundação Cultural de Lages. Uma rampa ajudaria e muito cadeirantes ou pessoas com algum problema de locomoção chegar até a recepção do prédio